terça-feira, 19 de junho de 2012

Apresentação do Memória: Nas Ondas das Mídias Livres

Como sabemos a  memória quando registrada torna uma cidade visível, embora a circulação destes registros como documentos e objetos transitam em círculos sociais exclusivos, geralmente em meios acadêmicos ou de que tem mais  poder aquisitivo. Assim para combater esta problemática social um dos interesses deste projeto é a possibilidade do fornecimento da apropriação de ferramentas que propiciem as pessoas de determinadas localidades contarem e consignarem suas historias podem reduzir bastante este abismo histórico.
Trabalhar com a memória dentro de um território possibilita a mobilização para um encontro onde a emoção passa de individualizada para ser coletiva. Ela possibilita uma maior compreensão do cidadão, a partir que o mesmo refaz seu caminho dentro de sua cidade despertando nele o sentimento de pertencimento e valorização de sua comunidade, por conseqüência o mesmo passa valorizar e fortalecer a identidade cultural do local onde mora.
“O mundo de dentro da gente é maior do que o mundo de fora da gente” (CD Mafaro 2011/ André Abujamra) esta frase que faz parte da musica Imaginação reafirma a Memória como a maior responsável pela manutenção da identidade do nosso mundo imagético.
Cada pessoa em sua comunidade imprime sua marca cultural, suas casas, suas festas, suas histórias em suma, todos os seus fazeres culturais. O universo da memória de cada comunidade fica então deste modo registrado.  A memória é o ato de lembrar e recordar. A memória pode ser individual ou coletiva, porém ela é seletiva. Os registros de nossas memórias podem ser então, considerados para a preservação (Educação Patrimonial para Mata Norte FUNDARPE 2010).

 O projeto Memória: Nas Ondas das Mídias livres possibilitará contarmos e encontramos com vários tipos de memória, encontraremos: a Memória da Festa no bairro da Nova Goiana local que abriga 80% das manifestações populares da cidade; a Memória Cidadã no Baldo do Rio local do antigo porto de Goiana e hoje uma das áreas mais carentes da cidade; a Memória dos Quilombos na comunidade de São Lourenço antigo Quilombo de Catucá; a Memória Saudável envolvendo o Centro de Atendimento Psicossocial CAPS e o Abrigo São José e a Memória dos Patrimônios (Material e Imaterial) que permeará todas as outras Memórias citadas a cima. O projeto optará trabalhar com a comunidade e não para a comunidade, instrumentalizado as pessoas para que elas mesmas contem suas histórias utilizado a tecnologia para registrar, armazenar e divulgar com mais facilidade. Para isso utilizaremos 04 ações formativas: o Programa de Radio chamado Nossa Memória no Rádio em parceria com Rádio Comunitária Nova FM onde serão abordados temas referentes a memória das localidades nas áreas de atuação do  projeto; a oficina Fotografando se Faz Memória que possibilitará o registro fotográfico dos patrimônios materiais e imateriais da cidade; a oficina  literária A Memória  Nós Escrevemos onde a população de cada localidade construirá Revistas (Revista Artesanal)  abordando a história de cada coletivo e por fim a oficina Nossa Memória no Vídeo onde os participantes construirão documentários sobre a historia de seus territórios. Ao final do projeto haverá o 1º encontro da Memória Cidadã de Goiana onde os 05 (cinco) coletivos apresentaram seus processos e documentos culturais no Cine Teatro Polytheama.


A memória é viva! Ela se reproduz e adquire novos “sabores” cada vez que um novo segmento social a conta, um mundo invisível precisa ser descoberto, ele esta logo ali distante apenas da memória que espera para ser narrada e registrada.

Att.